Friday, June 30, 2006

Algumas boas leituras

Costuma-se exaltar a cabeça como fonte da razão e denunciar o coração como sede da insensatez, como músculo incapaz de ter autocrítica e de ser original. Que seja assim. E daí? Nada pior do que uma idéia feita, mas nada melhor do que um sentimento usado. A cabeça pode gostar de novidade, mas o coração adora repetir o já provado. Se as idéias vivem da originalidade, os sentimentos gostam da redundância. Não é por acaso que o prazer procura repetição.
(Zuenir Ventura. Crônicas de fim de século)

A torneira seca
(mas pior: a faltade sede)
A luz apagada
(mas pior: o gostodo escuro)
A porta fechada
(mas pior: a chavepor dentro).
Este poema de José Paulo Paes nos fala, de forma extremamente concentrada e precisa, do núcleo da liberdade e de sua ausência. O poeta lança um contraponto entre uma situação externa experimentada como um dado ou como um fato (a torneira seca, a luz apagada, a porta fechada) e a inércia resignada no interior do sujeito (a falta de sede, o gosto do escuro, a chave por dentro). O contraponto é feito pela expressão “mas pior”. Que significa ela? Que diante da adversidade, renunciamos a enfrentá-la, fazemo-nos cúmplices dela e é isso o pior. Pior é a renúncia à liberdade. Secura, escuridão e prisão deixam de estar fora de nós, para se tornarem nós mesmos, com nossa falta de sede, nosso gosto do escuro e nossa falta de vontade de girar a chave.Um outro poema também oferece o contraponto entre nós e o mundo:
Mundo mundo
vasto mundo,
Se eu me chamasse Raimundo

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"Cito para não ceder ao autismo e à arrogância de quem se julga o umbigo do mundo.""Eu prefiro o convívio da diferença. Prefiro a multiplicidade ao único. Prefiro a democracia à tirania e ao fascismo da linguagem única.""Nós alimentamo-nos de ficções, de sonhos, de visões. Entre o ser e o dever-ser corre um rio às vezes intransponível. O Somnium Scipionis é a visita diária de quantos andam neste mundo entre estas duas margens. A fome de espiritualidade é um dos sonhos e uma das fomes deste tempo. Há a fome do corpo perfeito, protésico, há a fome da evasão (toda a droga promete um paraíso) através da velocidade. Mas a fome é uma pulsão."José Augusto Mourão, semiólogo, professor na Universidade Nova de Lisboa, dominicano, presidente do Instituto São Tomás de Aquino.
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Gostei muito das palavras de Clarice Lispector:"Eu tenho a medida que designo – e este é o esplendor de se ter uma linguagem. Mas eu tenho muito mais a medida que não consigo designar. A realidade é a matéria-prima, a linguagem é o modo como vou buscá-la – e como não acho. Mas é do buscar e não achar que nasce o que eu não conhecia, e que instantaneamente reconheço. A linguagem é o meu esforço humano. Por destino tenho que ir buscar e por destino volto com as mãos vazias. Mas – volto com o indizível. O indizível só me poderá ser dado através do fracasso de minha linguagem. Só quando falha a construção, é que obtenho o que ela não conseguiu."
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""Volta-se de um amor, escreve um humorista, como de um fogo de artifício: triste e aborrecido. Tal é em resumo a minha situação. E feliz o homem que, após um sonho de longos dias, não traz no coração a mínima gota de fel. Pode olhar sobranceiro para as contingências da vida e não apreender-se de vãos terrores ou vergonhosas pusilanimidades."É certo que as naturezas capazes de resistir ao choque das paixões humanas são inteiramente raras. O mundo regurgita de almas melindrosas, que, como a sensitiva dos campos, se contraem e murcham ao menor contato. Sair salvo e rijo dos combates da vida é caso de rara superioridade. Esta glória, esta felicidade, ou esta honra, tive-a eu, que, nas mãos da mais vesga fatalidade, nada deixei do que recebi de puro e verdadeiramente perdurável."(Machado de Assis)
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Dicas de leitura:
A louca da casa, de Rosa Montero
Seis passeios pelo bosque da ficção, de Umberto Eco
Poesia Essencial, Roseana Murray- editora Manati.

Thursday, June 29, 2006

A genialidade dos canarinhos

O homem do radinho de pilha, assalariado, a mulher cheia de veias e de filhos, as crianças mal nutridas fazendo dribles no campinho, correm os olhos pela bola nos pés dos deuses do futebol. Querem o canto dos canarinhos em Frankfurt, diante dos franceses.
Olham para trás, lá vai Garrincha, o "Pequeno Pássaro", o 'Anjo de pernas tortas' vencendo seus rivais na brincadeira, zigue-zagueando, não é ele "O Chaplin do futebol"?
Lá vai Pelé, "O melhor de todos" com 12 gols, três títulos e atuações memoráveis em quatro Copas seguidas, o "Rei", "o atleta do século passado" vencendo o goleiro uruguaio Mazurkiewicz com um "drible da vaca".
Os olhos pisam nos gramados da Alemanha...Os "Ronaldos": o "Fenômeno" e o "Gaúcho", "melhor do mundo", Vamos, Brasil! A taça é nossa! Joga com os pés nossos destinos. Seu povo quer ver o espetáculo, a ginga, o passe, o chute, a vitória, em uma só palavra: gol!
(Luciana Pessanha Pires)

Tuesday, June 27, 2006

Os poetas sabem das coisas

Tão leve estou que foi já nem sombra tenho.” (Mário Quintana)
Chega um momento em que não queremos contrariar a força das coisas. Aquelas coisas que estão fora do nosso controle.
“A gente vai contra a corrente Até não poder resistir Na volta do barco é que sente O quanto deixou de cumprir.” (Chico Buarque)
Cansamos de desperdiçar energia e forças. Estava certa Hilda Hilst:
" é assim...É crua a vida.
Alça de tripa e metal.
Nela despenco: pedra mórula ferida.
É crua e dura a vida.
Como um naco de víbora.
Como-a no livor da língua
Tinta, lavo-te os antebraços,
Vida, lavo-meNo estreito-pouco
Do meu corpo,
lavo as vigas dos ossos,
minha vida
Tua unha plúmbea,
meu casaco rosso.
E perambulamos de coturno pela rua
Rubras, góticas, altas de corpo e copos.
A vida é crua.
Faminta como o bico dos corvos.
E pode ser tão generosa e mítica: arroio,
lágrimaOlho d’água, bebida.
A vida é líquida.
(Hilda Hilst – da série Alcoólicas, publicada no livro Do desejo, Ed. Pontes, 1992)

Os poetas sabem das coisas:

"Mas, como disse um cantador, a felicidade é um trono de nuvem, quem se senta nele deve estar prevenido porque se desmancha à-toa, basta um ventinho, uma palavra impensada.
(José J. Veiga)
O caminhar em si pela vida implica que fomos afetados por diferentes condições, boas e más, realizações ou fracassos, que nos dão um saber sobre a experiência humana. Há algo portanto de biográfico e de universal na fala de cada pessoa que nós temos a oportunidade de vir a conhecer.
Eu gosto de ser impactada pelas minhas leituras:
"Tenho uma grande arte:eu firo duramente aqueles que me feremArquíloco de Paros, séc. VII a.C.Minha arte é maior ainda:eu amo aqueles que me amam."
(Rubem Fonseca)
Meditação à beira de um poema
Podei a roseira no momento certo
e viajei muitos dias,
aprendendo de vez
que se deve esperar
biblicamente
pela hora das coisas.
Quando abri a janela,
vi-a, como nunca a vira
constelada,os botões,
Alguns já com rosa- pálido
espiando entre as sépalas,
jóias vivas em pencas.
Minha dor nas costas,
meu desaponto com os limites do tempo,
o grande esforço para que me entendam
pulverizam-se
diante do recorrente milagre.
Maravilhosas faziam-se
as cíclicas perecíveis rosas.
Ninguém me demoverá
do que de repente soube
à margem dos edifícios da razão:
a misericórdia está intacta,
vagalhões de cobiça,
punhos fechados,
altissonantes iras,
nada impede ouro de corolas
e acreditai: perfumes.
Só porque é setembro.
(Adélia Prado)

"...o sol tão claro lá fora,o sol tão claro, Esmeralda,e em minhalma — anoitecendo."
(Manuel Bandeira)

"Não sei de onde me vem esta dor desigual
Em meus olhos desprendida,
encoberta, anunciada
Tristeza quase mística,
desordenada, transcendental
Em mim submersa, ramificada
Tristeza densa, flutuante, acorrentada
Correndo transversal na própria alma"
(João Lourenço Roque )

“A vida é uma ópera, é uma grande ópera. O tenor e o barítono lutam pelo soprano, em presença do baixo e dos comprimários, quando não são o soprano e o contralto que lutam pelo tenor, em presença do mesmo baixo e dos mesmos comprimários. Há coros numerosos, muitos bailados, e a orquestra é excelente...”
(Machado de Assis)

“A vida é um grande poema em estrofes variadas; umas em opulentos alexandrinos de rimas milionárias; outras, frouxas, quebradas, misérrimas, mas o refrão é um para todas, sempre o mesmo morrer. “ ( Olavo Bilac)

“A liberdade das almas, frágil, frágil como o vidro.” (Cecília Meireles)

“Meu amor me ensinou a ser simples Como um largo de igreja.” (Oswald de Andrade)

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.”
(Camões)

“Este Amor, que, afinal,
é a minha vida e que será,
talvez, a minha morte,
amor que me acalora e me intimida,
que me põe fraco quanto me põe forte;
este Amor, que é um broquel
e é uma ferida, vai decidir,
por fim, a minha sorte.”
(Hermes Fontes)

Quando me entrego
Fica meu corpo
Leve como as algas,
Como elas ondulando,
Volteando,
Tecendo gestos de harmonia.
Noiva do mar,
É todo meu
Um leito de alegria.
Luz Videira

Vida. Eu te celebro e canto!



Amanhece uma força em mim. Lembro-me das palavras de Riobaldo:
"O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim, esquenta e esfria, aperta e despois afrouxa e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.O que a vida quer é ver a gente aprendendo a ser capaz de ficar alegre e amar, no meio da alegria. E ainda mais alegre no meio da tristeza. Todo caminho da gente é resvaloso, mas cair não prejudica demais, a gente levanta, a gente sobe, a gente volta." (Riobaldo, Grande Sertão)
Uma força antiga impulsionando para a vida. Uma força que não permite o esmaecer dos sonhos. Uma força que pede caminho. Então, não resisto. Acolho danças, risos, lampejos e as palavras dos poetas:
"Vida. Eu te celebro e canto
na certeza
da grandiosa lição que nos ensinas
com teu poder de descobrir nas coisas
os cantos coloridos que elas guardam."
(Thiago de Mello)

"A vida é um incêndio: nela
dançamos, salamandras mágicas
Que importa restarem cinzas
se a chama foi bela e alta?
Em meios aos toros que desabam,
cantemos a canção das chamas!

Cantemos a canção da vida,
na própria luz consumida.
(Mário Quintana)

"Eis-me nos horizontes luminosos."
(Guesa, de Sousândrade)
E não me cansa tanto aroma, tanta vida, alvoradas, céus abertos, mares iluminados. Esses sinais de vida, esses profundos recolhimentos. Sigo deflagrando combates. E diante dos obstáculos, repito as palavras de Quental:

"Se nos negam aqui o pão e o vinho...
avante! É largo, imenso esse horizonte... E em toda parte há luz."

Podemos afugentar dores, temores, véus escuros, os longos desolamentos dos inquietos. Vamos, então, tomar ares libertários, ter o coração embandeirado, agitar o ar com coisas frescas. Porque vida há.

Sunday, June 18, 2006

A Pátria é nossa!

A Pátria é nossa embora as manchetes de jornais diariamente exibam manifestações arcaicas de uso do poder, áreas de atraso e indescritível desigualdade, domínio dos privilégios e da exclusão, falta de coesão social, violência desmesurada.
A Pátria é nossa e recria o gozo nas violas e repentes, como na antológica canção "Aquarela do Brasil" de Ary Barroso:
Brasil,
Meu Brasil brasileiro,
Meu mulato inzoneiro,
Vou cantar-te nos meus versos.

Ô Brasil, samba que dá
Bamboleio,
que faz gingar
Ô Brasil do meu amor,
Terra de Nosso Senhor.
Brasil,
Brasil,
Pra mim, pra mim.

Oi! abre a cortina do passado,
Tira a mãe preta do cerrado
Bota o rei-congo no congado.
Brasil, Brasil. (...)

A Pátria Nossa é música e poesia.

“ Depois de girar no mundo
Como barco em crespo mar,
Amiga praia nos chama
Lá no horizonte a brilhar

E vendo os males e os montes
E a pátria que Deus nos deu,
Possamos dizer contentes:
Tudo isso que vejo é meu!

Meu esse sol que me aclara,
Minha esta brisa, entre os céus;
Estas praias, bosques, fontes,
Eu os conheço – são meus!

Mais os anos quando volte,
Pois do que por fora vi,
A mais querer minha terra,
E minha gente aprendi.”

(Gonçalves Dias- Paris- 1864)

“O céu bordado d’ estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando areia
E a lua beijando o mar.”
( Casimiro de Abreu)

“Um poeta desfolha a bandeira
E a manhã tropical se inicia
Resplandente, cadente, fagueira,
Num calor girassol com alegria,
Na geléia geral brasileira
Que o Jornal do Brasil anuncia.
(...)
Minha terra é onde o sol é mais limpo.
(...)
E quem não dança, não fala,
Assiste a tudo e se cala,
Não vê no meio da sala
As relíquias do brasil:
Doce mulata malvada
(...)

Um carnaval de verdade
Hospitaleira amizade,
Brutalidade jardim...”
(Gilberto Gil e Torquato Neto)

A Pátria é nossa e tem a bola no pé.

Sunday, June 11, 2006

Ótimo programa para o Dia dos Namorados






Elisa Lucinda e Marcos Lima
A poetisa Elisa Lucinda se une com o músico Marcos Lima para apresentar suas parcerias e algumas canções de Marcos Lima com outros parceiros além de pérolas da música brasileira.

Centro Cultural CariocaRua do Teatro, 37 (ao lado do João Caetano)Praça Tiradentes - CentroTel: (21) 2252-6468- 12/06/06 - 21h
Como estou em Itaperuna, não posso ir. Mas estou feliz com a programação que o Tênis Clube oferece: Guilherme Arantes.


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Que este amor não me cegue nem me siga
Hilda Hilst
Que este amor não me cegue nem me siga. E de mim mesma nunca se aperceba. Que me exclua de estar sendo perseguida E do tormento De só por ele me saber estar sendo. Que o olhar não se perca nas tulipas Pois formas tão perfeitas de beleza Vêm do fulgor das trevas. E o meu Senhor habita o rutilante escuro De um suposto de heras em alto muro.
Que este amor só me faça descontente E farta de fadigas. E de fragilidades tantas Eu me faça pequena. E diminuta e tenra Como só soem ser aranhas e formigas.
Que este amor só me veja de partida.
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Estranho também esse amor
Lya Luft
Estranho também esse amor,com hora marcada para a mutilaçãoda morte, o minuto acertado,e o fim consultando o relógiopara nos golpear.
Estranho esse amor de agora,com meu amado atrás de um espelho baçoonde às vezes penso divisar seu vultocomo num aquário.Enrolado em silêncio,mais que nunca o meu amor comanda a minha vida.
O lado fatal, Editora Siciliano, 1991 - S.Paulo, Brasil
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Amor
Olga Savary
O que será:este labirinto de perguntase resposta alguma,este insistente rugirde pássaros, este abriras jaulas, soltar o bichonovelo que há em nós,delicado/feroz morder(deixa sangrar)o outro bicho (deixa, deixa)e toda esta parafernáliaa parecer truque enquanto obsidiante você menteembora acreditando nas mentirase eu use os piores estratagemaspara cobrir-me a retiradadesse vicioso campo de batalha.
Repertório Selvagem, MultiMais Editorial, 1998 - Rio de Janeiro, Brasil

Estar enamorado




Estar enamorado é franquear portas, emergir,desfazer placidez, destruir certas reminiscências. É ir tateando, ganhando ruas, produzindo metáforas. É legitimar pluralidades.Amar é encantar os rios que correm, retirar os véus que envolvem as emoções, é deixar as almas se entenderem. nada de gestos truncados, poentes enegrecidos, almas desterradas. O amor nos faz renascer.Quando amamos descobrimos o além do sonho, soletramos estrelas, viramos a chave, somos muito mais que raízes. Somos páginas libertas, semente. Aguçamos asas, rabiscamos oceanos, temos luminosas perpectivas.Estar enamorado é viver, adejar pelo infinito. É fazer brilhar a lua no céu. Retirar do seio aromas. É sentir tudo. Exprimir harmonias.Quem ama gosta de nascimentos, de pétalas. É nuvem leve. Gosta de ousadias. Pesquisa, espreita e esquadrinha o seu amor. Leva o seu coração para a praça e faz dele uma ata romana.Estar enamorado é apreciar manhãs claras, flautas, sementeiras. É ter a intenção de procurá-las, de percebê-las. É pulsar e se apurar amor.(Luciana Pessanha Pires)

É bom estar entre amigos!






































Luciana! Li com calma seus escritos. Parabéns, você tem muito talento.

Luiz Henrique

Amiga Luciana, hoje, não refletirei sobre nenhum tema político, filosófico, literário ou comportamental, como sempre faço. Usarei palavras simples, mas comovidas, para render-lhe homenagens e aos companheiros do meu círculo de amigos do Orkut, que me honram com sua lealdade, assiduidade, fidelidade e, sobretudo, amizade. Só nesta semana, 15 pessoas deixaram de ser minhas correspondentes. Apenas uma, porém, teve a delicadeza de se despedir. É muito chato quando isso acontece. Quando aceito alguém no meu círculo de amigos, suponho que esteja iniciando amizade de verdade. Infelizmente, nem sempre estou. Todo o governo que se preze tem uma base de sustentação chamada de “núcleo duro”. São as pessoas da absoluta e irrestrita confiança do presidente. O meu “núcleo duro” é composto por 130 amigos que se correspondem comigo todas as semanas, e por 40, especialíssimos, que marcam presença todos os dias, aconteça o que acontecer. A esses (e você é um deles) agradeço comovido e confio até mesmo a minha vida!
Pedro Bondaczuk

Bom dia, Lu! "Nesta festa de rosas, eu serei perfume, depois de comprimida pelas dores humanas, mesmo perdendo algumas pétalas, sairei fortalecida. Nasci para ser aroma. Seu livro é simplesmente lindo! Parabéns amiga. E eu acrescentaria ao teu belo texto: "Estar vivo é estar no mundo para si mesmo e para o outro, se possível na mesma intensidade". Mil beijos
Maria Lucia de Almeida

Li sua poesia e me admirei. Sua poesia é o ter,o ser poético que pulsa em suas veias como meu amigo Rodrigo Poeta da poesia do transverso de meu amigo também Marko Andrade da poesia cosmo. Um abraço carinhoso. Octavio Peñarol (filósofo - uruguaio)

Oi, Luciana! Estou colocando o seu poema Cor da Cultura em uma avaliação para meus alunos. Depois gostaria de enviá-la para você, mande-me seu e-mail para ficar mais fácil.
Denise Reis
Obrigado pelo poema, é muito lindo e retrata muito bem esse nosso querido, mas muito sofrido, Brasil.Aproveito pra parabeniza-la pela forma brilhante com que "gerencia" essa maganífíca comunidade. Foi uma ídéia excelente. Abraços e uma boa semana
Odair Schiavone

Se és a lapidária de ti mesmo, que bem te houveste no ofício! Beijo.

Paulo Renato

Adorei o livro, se falta algumas paginas, 3 ou 4 talves 5, mais não falta.Devorei o, sem medo ou piedade, foi divino!

"Tempo de estar vivo:É comer doces escondidos... (...)detestar atrasos...não aceitar regras e criar outras...estar vivo, é captar ruídos, segredos, desvarios...Muito obrigdo poetisa, me emocionei..."

Beijos do poeta!

José dos Reis

É sempre um grande prazer ler sua poesia, seus textos. Tenho, para mim, a convicção de que 'os livros vêm a nós, na hora e medida certas'. Assim ocorre, também, todas as vezes quando leio o que você me escreve. Você é mesmo brilhante. Você está fazendo um trabalho maravilhoso na comunidade!! Sua sensibilidade é tocante, seu brilho radiante...que bom ter você por perto. Abraços!

Bebel

Gostei muito do texto, Lu, lirismo comovente e beleza! Quero mais!!!!

Abração, Tanussi Cardoso.

Boa noite Luciana...Recebi o livro e estou lendo......Não tenho nem palavras para agradecer.....estou adorando......muuuuito obrigada....você é maravilhosa ......Beijos.....

Camélia La Branca

Boa noite Luciana...li agora, Tempo de Pacificação e procurei internalizar...veio como uma luva!!! Obrigada, adorei...Beijo grande.

Solene Forteski

Parabéns Luciana, gostei bastante do teu texto. Tinha mesmo que ser premiado. É sempre assim: Na exaustão do marisco, por entre a jaça dos cascalhos, bem la no fundo de nossa batéia é que encontramos a verdadeira pedra preciosa, escondida, a qual só mesmo o árduo labor a faz emergir para nossa recompença.... Continue assim, só escreve bonito quem tem bonita a alma e vc com certeza a tem.....Bjs....

José Solha

Nooossa! Que coisa linda o "Escrever"... Traduz in totum o sentimento maior que vai na alma dos que amam as palavras escritas...

Giselle de Paula

Lindo seu poema. Pare com os poemas em prosa. O seu futuro está nesses poemas mais enxutos, bem cuidados. Invista suas energias neles. Aproxime-os de Jorge de Lima.

Salomão Sousa

Saturday, June 10, 2006

Homenagens feitas pelos meus amigos

É sempre uma carícia os gestos dos amigos. Alguns deles incluiram referências sobre meu trabalho e poemas de minha autoria nos seus Blogs e Sites:
A Garganta da Serpente
Blocosonline
Meu sonho
Literatura Clandestina
O Mossoroense
Poesiarte
Na Dança das Palavras
Colecionador de Pedras
Fala Poética
Blocos
Tropicanalice
Obrigada, meus queridos!

Tuesday, June 06, 2006

O que dizem os meus amigos sobre os meus textos










O que escreves sobre o amor é coisa de quem o conhece, não por ouvir falar ou dele ter remota notícia, e, sim, de quem o vive ou viveu na alma e na carne. Parabéns. Beijo.
Paulo Renato

AMOR NENHUM que lindo, Luciana! Fiquei emocionado... Fotografou minha atual situação, fiquei meio desajeitado diante do texto... Me pegou de surpresa. Parabéns!!! Beijão e... Bom dia!
Boa tarde, Luciana! "Amor nenhum"...quanta lucidez em seus versos! O "insuportável" de quem ama é exatamente assim...Obrigada por enviar-me tantas belas palavras. Beijos.
Paulo Ednilson

Oi Lu, amei o fragmento do seu livro, aliás, o que você escreve a gente de coisas boas. uma ótima semana...quero saber mais da sua trajetória como escritora, acabei ficando curiosa.
Pois a mim me parece uma trajetória mais que bonita. Essa vontade de ensinar, de embelezar o mundo. Tenho que confessar que preciso encontrar uma maneira de comprar seu livro, acho que é bom ter um livro como esse à mão. Estou gostando muito Lu, o que provoca em mim é uma satisfação muito grande. Acho que você deveria entrar em contato com o Instituto Camões em Portugal, de repente você passa a publicar ali. Se lhe interessa posso passar o endereço. Beijos

Lu


Olá artista! Parece que o belo te acompanha dia e noite mesmo. Se você experimenta sempre o que escreve sua alma deve ser doce...Boa semana também!
Alexandre Mongentale

Oi Luciana! Como sempre, vejo nos poemas um exemplo certeiro pra vida real. Retirei dois versos que estimulam o ânimo em cada manhã..."Há caminhos de endurecimento do verbo, camisa-de-força camuflada no sorriso."É preciso o ferrão, certo. E é preciso o sorriso que ajuda a prosseguir com fé.Grande beijo pra ti e boa semana!

Shirley


Impressionante tua lucidez! Parabéns, Luciana!
Angela Becker

Sunday, June 04, 2006





Há caminhos conquistados à força à toque de bravuras, vencendo o tempo, correndo riscos.Há caminhos pedindo manobras bruscas, audácia ziguezagueando com dois pares de asas e um ferrão.Há caminhos de endurecimento do verbo, camisa-de-força camuflada no sorriso.Há caminhos e alguma melodia, promessa de liberdade que se refresca na língua, que se reparte nos versos.
(Luciana Pessanha Pires)