Wednesday, July 19, 2006

Merco Noroeste 2006

























Participação da Academia Itaperunense de Letras na Tenda Cultural da “VIII Merco Noroeste 2006 – Feira Industrial e Comercial do Noroeste Fluminense”, no Centro Poliesportivo de Itaperuna-RJ, no dia 15/07/06.
Na seqüência das fotos: Jacy Pavã, o Presidente Valber Meireles e eu.
O evento foi realizado pelo SEBRAE/RJ de 13 a 16 de julho.
Programação:
Tenda Cultural “O espaço das artes em todas as suas dimensões”
Dia 13 de Julho- Quinta-Feira
18h - Lançamento do Livro da APAE
18h30m - Contação de História “ Tia Lili ”
19h - Balé do SESI, com o convidado bailarino cubano, Ivan Utra
19h45m – Grupo de Flautistas (FECCAP)
20h10m - Teatro – “Pluft o Fantasminha”- (Santo Antônio de Pádua)
21h - Jazz – Duas apresentações – Crescimento Sadio - (São José de Ubá)
21h30m - Teatro Infantil “No mundo do Folclore” (Thiego Ladeira)

Dia 14 de Julho – Sexta-Feira
19h - Grupo N`Way - (Itaperuna)
19h30m - Dança Árabe – (Italva)
19h45m - Dança Country – São José de Ubá
20h - Companhia de Dança Paulo Bastos – (Itaperuna)
Dança do Ventre – Dança de Salão – Axé
20h30m - Dança de Rua (Porciúncula)
20h50m - Concurso Garota da Merco/2006
Intervalo do Concurso – Expressão Corporal - Dança de Salão - Dança do Ventre Grupo de Dança – FUNITA
21h50m - Apresentação da Jovem – Natânia Maeta

Dia 15 de Julho – Sábado:
18h30m - Banda do 29º BPM
19h - Coral do Paif (Itaperuna)
19h30m - Dança de Salão ( Paulo Bastos); São José de Ubá
19h 45m - Poesia e Música - Academia Itaperunense de Letras
20h10m - Coral da 3ª Idade (Bom Jesus do Itabapoana)
20h30m - Desfile “Miss 3ª Idade”- (Todos os Municípios da Região)
21h20m - Grupo de Forró dos Deficientes Visuais (Bom Jesus)
21h40m - Desfile da SINCRONERJ – Confecções/ Noroeste

Dia 16 de Julho – Domingo
18h30m - Grupo Renascendo para o futuro – (PAIF)
19h - Folia de Reis Infantil – (Itaperuna)
19h30m - Caxambú - (Porciúncula)
20h10m - Balé Italiano - (Varre-Sai)
20h30h - Quadrilha de Salão – Sapeca Yá-Yá - (Natividade)
21h - Folia de Reis Nossa Senhora de Lourdes – (Itaperuna)

Tuesday, July 11, 2006

Os ruídos da vida




"Às vezes, você perde vários poemas, porque sente uma frase, sente algo murmurado no seu espírito e não presta atenção porque está ocupado com os ruídos da vida. É necessário apurar o seu ouvido, ter a humildade de anotar a coisa mesmo quando ela não é muito boa. Pode, de repente, um texto meio nebuloso, meio esquisito, meio simplório demais, dar raiz a um poema posteriormente interessante."
(Affonso Romano de Sant'Anna)
A epígrafe acima leva-nos à reflexão sobre os ruídos da vida e a forma como lidamos com eles. São muitas as razões que servem como embaraço, ocupando nossos dias de tal maneira que perdemos o foco, distanciamos nossos olhares daquilo que merece atenção. É preciso marchar olhando mais adiante.
“Que marchem!” Marchar fala da atividade incessante, indica luta, coragem, requer idealismo, diligência, perseverança. É um imperativo que aponta para o progresso contínuo, para uma peregrinação saudável e frutífera rumo à liberdade transformadora do olhar.Já Aristóteles ressaltava a primazia da visão sobre os outros sentidos. Santo Agostinho celebrava platonicamente como “o mais espiritual dos sentidos”. Certo é que com o olhar capturamos, cedemos, extraímos, doamos, acolhemos, rejeitamos, permitimos, negamos, negociamos intenções, desejos, fantasias e frustrações.Com Machado de Assis, quantos de nós não adquirimos o hábito de investigar as pessoas antes de aceitá-las? O olhar de ressaca de Capitú pode tornar-nos “exímios” leitores de olhares. Desprezar as evidências do olhar não é inteligente. Mas às vezes é imprescindível lançarmos olhares desarmados, sem os preconceitos que nos foram impostos. O preconceito diminuiu-nos, aviltou-nos, amesquinhou-nos, tolheu nossa liberdade.
Fazer as massas levantarem-se e ver um pouco além de seus estreitos horizontes foi o mister de cientistas como Einstein, estadistas como Lênim, libertadores revolucionários como os latino-americanos Bolívar, Marti, entre tantos outros. Mas nem sempre as pessoas estão preparadas ou dispostas para ver. Estão presas em demasia aos seus valores tradicionais, perdendo, com isso, a perspectiva de julgar com isenção e serenidade outros valores, diferentes dos seus.Há que se apostar nos sonhos, quebrar certas rotinas, deixar o grão do inesperado brotar, ver com os olhos livres. Ser acrobata, flexível. Aprender a partilhar, regar e colher no tempo oportuno. Não impedir o avanço, a descoberta. Nascer a cada dia para o novo. Criar dentro de si o tempo renovado. Estar um passo a frente. Desamarrar laços inúteis. Expandir o olhar. É preciso deixar os embaraços do medo, dos preconceitos. E brindar ao novo. Expelir olhares frios, rotineiros. Levantar os olhos e ver.